segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tempo, um amo implacável!

Engraçado, tem coisas que seriam engraçadas se não fossem tão...absurdas. Mas por que estou dizendo isso. Muito bem, esta semana uma colega minha me chamou para ir a um bar que ja conheço a uma decáda, mas acabou não dando certo nosso encontro. Ela me disse que ainda bem que não fui pois só tinha barulheira e gente desinteressante. Foi aí que eu tive o clic deste post; Todos acham que o clone humano ainda não existe, sorry, eles existem e estão aos milhões por aí. É incrivel que a uma década as pessoas que frequentam este bar não mudaram, ou pior, a nova geração são clones da mesma. Por isso neste post eu queria falar sobre mudança, mas não mudança somente, mas em progresso. Pois eu tenho varios colegas que mudaram em aparencia, gastam aos tubos nos salões e nos consultorios plásticos da vida, mas hoje no auge dos sus cincoenta anos são tão imaturos quanto a 10, 20, 30 anos atrás, e pior não gastam nem dinheiro e nem força mental pra ao menos querer mudar. Pouquissimos foram aqueles que progrediram, e pior é que tem gente que estagnou e ainda acha lindo. Estão dando "adeus" com o chapéu alheio e ainda estão achando lindo, não fizeram nada pra dar "adeus" com seu proprio chapéu. E o tempo vai passando...e alguns parasitando a vida. Não consigo imaginar coisa pior do que viver uma vida estagnada, destituída de mudança e de progresso.

A maioria das pessoas lutam contra as mudanças, especialmente se elas nos afetam pessoalmente. Como o romancista Leon Tolstoy disse: "Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo". Como se ver um organismo independente do mundo? Começo a acreditar que há um tempo físico, medido pelos ponteiros dos relógios, e há um tempo espirito-mental, que serve para aprendermos determinadas coisas, e é este que pode ser relacionado ao progresso pessoal, e que parece ser verdadeiramente longo. É preciso muito estudo e força de vontade pra querer não ser nem de longe um clone desses. Neste sentido, às vezes caminhamos como a mais lenta das tartarugas, se é que nos movemos. O perigo que permeia o não domínio do tempo é que podemos chegar ao final da vida terrena, com uma pergunta: que fiz da minha vida? Onde estão os meus anos? Qual é o meu tesouro?

Parece que existe uma força dificil de vencer na humanidade, pois quando todos fazem alguma coisa, parece que devemos fazê-lo do mesmo modo. Não vês os finais de semana, as pessoas ficam loucas a semana inteira cobiçando o momento em que a sexta-feira vai chegar pra elas irem pros mesmos lugares, fazerem as mesmas coisas e verem as mesmas pessoas. Como ensina a professora Lucia Helena, o dia dos "lazeres instituídos", e eu diria engessados. Dessa forma, todos se deixam prender pelo tempo, devemos todos nós deixar-nos prender também e sermos seus prisioneiros? O maior contra-senso é que essas pessoas se dizem livre, pois "fazem o que querem, com quem querem a hora que querem". Será?...

Para que não sejamos cativos do tempo, precisamos começar por desejar sair dessa prisão. Não há pior prisioneiro do que aquele que se sente confortavel dentro da sua prisão.
Como dizia Cazuza " Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades", eu vejo as pessoas serem infelizes e só reclamarem que as coisas não mudam; Realmente "Tuas ideias não correspondem aos fatos".

Mudar pode significar o abandono de um padrão familiar e limitador, de um emprego seguro mas não gratificante, de valores em que não se crê mais, de relacionamentos que perderam seu significado. Como Dostoievsky afirmou: "Dar um novo passo e divulgar algo totalmente novo são as coisas que as pessoas mais temem". O grande pulo do gato é  perceber, identificar a crise, não nega-la. E o que é a crise senão a exaustão de um modelo de interação. de um modelo de comunicação, quer seja afetivo, econômico, político ou religioso, em função de um contexto, sempre em mudança?

Toda crise é um sinal vermelho no transito de nossas vidas. Mas por que ele acende? o que está sinalizando? As pessoas tem sede de vida, pisam somente no acelerador e vão se atropelando sem ao menos querer saber o significado do que acontece com elas e se metem em relacionamentos doentis e frustrados porque não prestam atenção aos sinais em sua vida. Assim são inevitavelmente esmagadas, atropeladas. Nosso transito doentil, reflete perfeitamente como dirigimos nossas vidas e expomos as dos outros: IRRESPONSABILIDADE, CAOS.

Quem estiver atento a uma boa interpretação do sinal de sua vida, é capaz de compreender seu real significado e conduzir-se na estrada da mesma, porque até pra avançarmos este sinal nos orienta.

Ler os sinais ajuda a compreender melhor o ambiente, o contexto, o sistema onde vivem as pessoas. Ler de diferentes maneiras: ler pra baixo, pra cima, pros lados. Ler o todo, esforçando-se para não ficar somente na leitura de uma parte e "achar"(odeio essa palavra!) que já entendeu tudo.

O conhecimento nos permite reconhecer os sinais que regem as diferentes mudanças, permitindo vive-las e assimilá-las melhor. As piores são as mudanças que não queremos fazer porque nos sentimos mais seguros frente ao já conhecido. Isso é terrivel, pois continuamos a saber que temos que fazer mudanças, e não a fazemos, e fazemos o que todo fazem, proporcionando uma falsa segurança, uma segurança somente psicológica, que faz com que nossa valorização da vida mude com relação a temas nos quais é necessário ter critério próprio, exemplo disto - o amor.


Temos medo de mudar porque é uma decisão que tomamos a sós, conosco mesmo, e nem sempre essas mudanças contarão com a aprovação das demais pessoas, pois nem todos estarão de acordo com as transformações que queremos gerar, nem todos vêem essas transformações como necessárias. É como diz uma de minha mui querida filha espiritual: “As pessoas que se aproveitadoras, serão as primeiras a não concordarem com a sua mudança. Quer saber que te ama, é só mudar pra melhor e verás quem te apóia”. E assim se torna mais difícil, porque essas mudanças supõem perdas: perda de amigos que não compartilham as mesmas idéias, perda de coisas.
O caos é a materia -prima de toda construção, podemos transformar o caos pelo esforço, pelo trabalho, mas nunca pelo milagre.

A ironia é que a mudança é inevitável. Todos têm de lidar com a mudança, mais cedo ou mais tarde. Por outro lado, o crescimento é opcional. Você pode optar por crescer ou lutar contra ele, mas saiba de uma coisa: pessoas que não querem crescer nunca alcançarão seu potencial. Faça um teste com você mesmo, e imagine que você tenha morrido e que vai escrever o seu próprio obituário. O que estará escrito? quem foi você? Quantas coisas você teve oportunidade de contar sobre você e seus feitos, ou foi apenas uma vez, ao menos foi significativa? Faça como Alfred Nobel que após ler erroneamente seu obituário estampados nos jornais como o homem que houvera inventado a dinamite; Se deplorou sobre a idéia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas, decidiu mudar a sua e, já doente, dedicou-se a um novo ideal: a busca da paz. Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz. Alfred Nobel leu o seu próprio obituário e mudou e você, vai continuar aí parado(a)?

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