segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que é o amor, onde vai dar, parece não ter fim...


Eu parei pra conversar com uma amigona minha que tava num dilema: “a sensação de não ter vontade de sair com as conhecidas”... bem vinda ao clube rsrsrsrs!!! Estamos na mesma barca, me sinto exatamente como ela sem tirar nem por; Daí eu fui avaliar minha "dor" e percebo que essa seleção pra mim é muito benéfica, porque qualifica quem eu quero ao meu lado. Não que eu deixe de falar com as pessoas, mas é legítimo conhecer quem eu quero pra partilhar a vida nessa vida. Foi aí que vasculhando meus acervos palestrais, lembrei-me de uma feita pela Délia Gusmán, que falava sobre o amor platônico versus o amor sensual. E concluí que descobri minhas almas afins depois que percebi o que é o amor platônico, isto é, segundo Platão e não essa xaropada que falam por aí. Dizem os velhos filósofos que o homem busca o que não tem - pois se tivesse não buscaria - e ama o que lhe falta; porque lhe falta, ama o que não tem. Como se sente incompleto vai em direção daquilo que considera importante para se sentir plenamente humano.

Podemos definir o amor de uma única maneira? Existem diferentes definições? Ou centenas de aspectos que devemos considerar para falar do amor? Eu penso que o amor é tão rico que não se reduz a um problema de palavras, nem mesmo de definições, mas a uma questão de infinitos matizes, que talvez durante a vida toda cheguemos a abarcar por completo. Podemos, ao longo da vida, analisar algumas idéias, mas não chamá-las de definições. Eros encarrega-se de que em cada plano exista alguma forma de amor, que expresse o amor de uma forma apropriada em cada nível. Porém o que os seres humanos fazem é utilizar a mesma palavra para todos os níveis, e quando esvaziamos as palavras de seu contexto real perdemos a sabedoria contida no significado delas.

Como ensina Délia, hoje se entende por amor algo assim como uma inquietude psicológica, que se expressa fundamentalmente por meio do corpo e do sexo, como se fosse a única possibilidade de expressão. Amor sexual significa "estar na moda", reservando a expressão de amor platônico para algo mais desgastado e fora de moda. Para os "modernos", o amor platônico é considerado como um repudio ao sexo e uma agressão. Este auge sexual é fruto da liberação das novas gerações, uma geração que começou deixando de lado todos os valores que já não tinham mais significado, que foram úteis nos momentos anteriores da historia, mas que já não diziam nada a juventude e que devia ser substituído, porem aconteceu, como tanto outras vezes na historia: os valores não foram substituídos, mas simplesmente se presidiu dos que havia, e esses foram destruídos. Mas aí fica a minha pergunta: o amor sexual continua tendo como finalidade a felicidade ou o que importa é um instante de satisfação? Compreendemos realmente a diferença entre felicidade e satisfação? Aparecem novas complicações de todos os tipos, como aberrações sexuais, pois quando há liberdade sem limite, o que antes era o proibido e apetitoso, deixa de interessar. Saímos do triste quadro clínico de uma disfunção biológica de corpos, que se distanciam do que chamamos sexualidade humana, e passamos para uma enfermidade da psique. É a psique que necessita de emoções cada vez mais fortes. Foi assim que colocamos na vanguarda da moda e decidimos que o Amor, em maiúsculas, o Amor ideal, era impossível; ocupamos seu trono convenientemente ajudado por excitadores de todos os tipos: psicológicos, físicos, drogas, filmes, revistas e outros subterfúgios. Demos seu lugar ao amor sexual, ao simples prazer sexual, que nos atrevemos a chamar de amor. Platão afirma que se o Amor se expressa em todos os planos do universo, é lógico que também se expresse no plano físico, e que esta relacionado com o sexo também e não pode ser rechaçado, na época do mestre Platão, havia homens e mulheres que se amaram de todas as formas possíveis; mas se o amor se expressa em todos os planos do ser humano, que não, por meio de um esforço inteligente, fazer com que ele se destaque mais nos planos superiores, na captação de elementos ligados a alma, além e acima dos extintos, não sei se você ta conseguindo me entender e seguir meu raciocínio?

O que quero deixar claro é que os instintos não têm nada de mal. Precisamos destacar uma coisa e outra. Se reconhecermos os instintos como próprios dos animais, não que o homem não os tenha, mas tem algo além deles, a busca de uma expressão de amor, que seja própria do ser humano, que lhe permita encontrar uma felicidade humana, não uma felicidade de animal, não uma felicidade de arvore ou de pedra, mas de um autentico ser humano!

Existe uma estória na mitologia grega e que eu gosto muito de mitologia grega, que conta que ha milhares de anos, quando o deus primeiro gerou nosso universo, começou a dividir as almas dos humanos até chegar a milhares e milhares de almas que habitam a terra. Essas almas que foram se dividindo, sentiam como se tivessem perdido alguma coisa, como se faltasse a sua metade. Daí o conceito de almas gêmeas, na Grécia antiga, e que não existe, mas é bonitinho, e do amor, como uma necessidade de encontrar aquilo que uma vez fez parte de nós, mas que agora não temos, lembra aquilo que expliquei la em cima??? Que o homem busca o que não tem e ama o que lhe falta; pois se sente incompleto e vai em direção daquilo que considera importante para sentir plenamente humano? O amor seria, nem mais e nem menos, a busca da unidade perdida, da harmonia por oposição ou semelhança. Por oposição que nos falta uma metade, a semelhança é dada na afinidade espiritual, aquela que fez com que um dia duas almas fossem uma e por isso necessitam se encontrar outra vez. Isto é uma metáfora. Mas esse é o amor platônico: encontrar a parte da alma que nos falta em uma pessoa que represente para nós o Bom, o Belo, o Verdadeiro e o Justo.

O belo é o útil; O Bom é tudo o que une aos seres humanos, pois você sabe que tudo é sistêmico e nada nem ninguém está separado; O Verdadeiro é justamente a consciência desta unidade e o justo é tudo aquilo que está na vida de acordo com a sua natureza. Alguém é belo quando tem algo que não é somente o corpo, a forma, a estatura, a cor dos cabelos ou a cor dos olhos; é uma bela alma que se reflete através do corpo. Não há somente almas belas, mas belas ações. Há gestos, ações e sentimentos que enchem completamente a alma. Há beleza além do corpo e além da alma, há energia e vida que também transmite beleza.

A revolução sexual perdeu seu valor porque suas conseqüências foram terríveis, são terríveis até hoje não contribuíram em suma para o aperfeiçoamento do ser humano, mas sim o corrompeu e o denegriu. Essa conseqüência é o fracasso dos casais: hoje te amo, amanhã quem sabe? Importa ou não me importa? Você era uma circunstancia a mais; divórcios a granel; angustias de todo tipo. Ainda que poucos queiram reconhecer: todo mundo quer Amar Verdadeiramente, cabe a nós em nosso dia a dia e aos nossos jovens modernos planejar uma nova revolução, dar outra vez uma volta na roda da história e ver as coisas sob um novo ponto de vista. Não é simplesmente focar a castidade - ainda que se pudesse ser, em contrapartida à quantidade de excessos, mas marcar pela busca de algo profundo, algo estável, por amar uma pessoa que represente algo para nós, algo fundamental. O que importa é que esse amor seja duradouro, seja para hoje, para amanhã e parar toda vida, não importa se envelhecemos com a pessoa que amamos, porque os corpos se desgastam, mas o Amor não. Deste ponto de vista mudam muitos conceitos, incluindo aqueles acerca da geração, já que o Amor pode ter como finalidade a gestação, mas há distintos tipos de fecundidade. Não somente podem fecundar corpos novos como podem gerar outros inúmeros elementos: idéias, sentimentos, virtudes.

Assim, esse amor que Platão nos apresenta brilha não como impossível ou como uma contradição do amor sexual; ele expõe um tesouro que está ao alcance das mãos, se nos atrevermos a buscá-lo. O amor sexual é a conseqüência, uma forma de expressão, mas não é o ponto de partida de uma relação entre duas almas, entre dois seres humanos, “Fazer amor, dizem os libertinos, mas amor não se faz, já nasce feito” (Profº Hermógenes). O amor sexual é o complemento de uma união muito mais íntima e real, em que o psicológico começa a se elevar mais do que o biológico. Hoje é muito mais importante que entre duas pessoas exista compreensão, diálogo, ternura, carinho, companheirismo e que compartilhem as coisas fundamentais da vida. Ah se eu tivesse aprendido isso a alguns anos atrás...! mas vá bene o que importa é que apanhei mais aprendi, novamente dor como veículo de consciência.Se concluímos que o psicológico supera o biológico, não é de estranhar que com um pouco mais de tempo, o espiritual supere o psicológico, ou seja, que ternura, compreensão, diálogo e carinho abram caminho para uniões que não se rompam com o passar dos anos.
O renascimento do espiritual significa que acima de todas as coisas, os seres humanos descubram que há imortalidade, que gestação e fecundidade consistem em dar lugar a uma vida e que, depois de tudo, nada mais é do que a vida imortal, que bate em cada um de nós. Nossa, profundo isso!

Do ponto de vista do amor platônico, que abarca o espiritual e o físico, lembremos algo fundamental: aquele que ama enriquece, porque busca o que não tem e tenta recobrar aquilo que lhe falta. Podemos agregar um conselho que diz: “Lembre aos que amam que o Amor outorga-lhe algo de divino, porque quem ama levam Eros consigo". Há um deus dentro daquele que é capaz de amar, e um Amor com maiúscula rsrsrs



Desculpe se me estendi tanto, espero que me tenha feito entender mas a pauta está aberta para comentários. Pelo menos agora vocês entendem porque faço questão de andar com minhas almas afins neh? um dia estivemos juntos fisicamente e almamente sempre rsrsrs e se vocês bem pensarem sempre estaremos; Vocês e toda essa gente boa que nos acrescenta e nos eleva.

Meu Amor pelas minhas almas afins é incondicional porque eu sou elas e elas são eu e juntas somos o melhor de nós mesmas, somos divinas!!!! Entendeu a conexão agora???

Pensando assim diminui a saudade que sinto, até porque tenho certeza que vamos ainda viver muitas peripécias. He he

Um comentário:

  1. Bri, indiscutivelmente LINDOOOO!!!!
    E lembre-se: Você é parte de minha alma!!!
    Beijos cheios de saudade!!!!
    Scy

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