terça-feira, 14 de junho de 2011

Evoque uma pedra e ela te responderá

 AVISO: Este é um post de cunho espiritual, mas sem o objetivo de proselitismo.Então antes de lê-lo abra a sua mente, pois como já cantavam os Mamonas, gay também é gente, baiano fala "oxente" e come vatapá, Alah meu bom Alah...

 Vejam só que ontém eu liguei a tv, como sempre, pra poder cair no meu sono noturno de beleza, e quando reparei estava passando um documentário que falava sobre a epidemia de exorcismo que estava ocorrendo nos EUA. Aí ja viu neh, foi-se o sono. Ficar bege é muito pouco pro que eu vi; Era gente navalhando a lingua, era homem enfiando aro de ferro na garganta, era mãe dando veneno pra criança tomar e mastigar com lâmpada pra mostrar o quanto é protegido, nossa era tanto absurdo que não dá nem pra descrever. E eu me encomodo demais com essa gente que quer demonstrar poder através de coisas sobrenaturais. Na verdade eram coisas de diversas partes do mundo e não somente nos EUA.

Esses bafos me incomodam desde pequenina, vou contar pra vocês uma história minha. Eu era molecota, tinha uns 10 anos, e tava assistindo o Silvio Santos religiosamente numa noite de domingo. Era o Show de Calouros, naquela época só tinha isso de "interessante" pra assistir na tv em um domingo, se bem que hoje com o Faustão a coisa não mudou muito, enfim, apareceu um homem, com cara de doido que mostrou que pegava uma agulhona, daquelas bem grossas colocava na dobra do braço e o antebraço, fechava os braços e não sentia dor e nem se furava. OOhhhhh!!!! todo mundo ficou abismado. Crianças não leiam este post!!!! Bem, eu que não tinha o que fazer, adivinha o que eu fiz???? pois é, a mesma coisa que o cara. Me tranquei no wanderlei cardoso(wc) de casa, com uma agulha igual e mandei ver e to viva a té hoje. Mas como eu era ousada, pro meu show ficar ainda melhor, eu ainda acrescentei que no final eu pegava um bocado de bola de algodão, tocava fogo e colocava dentro da boca. Como eu faço isso sem me queimar???? sabe Deus!!!! e eu começei a me "apresentar", não por dinheiro, mas na minha cabeça eu só queria mostrar que aquilo não era nada demais. Então, eu fazia fisioterapia numa clinica e as enfermeiras ficavam todas alvoroçadas e me pediam pra fazer e repetir o show particular até um dia em que eu cansei e parei sem "q" nem porquê. Eu só contei essa história pra dar mais enfase mesmo aos argumentos no desenvolvimento, mas é tudo verdade viu? uma das minhas mamis que tá no céu agora, deve ta querendo me chinelar por isso!!!!

Muito bem, continuando, no documentário chamado TABU, tinha um "pastor" de uma determinada igreja que fazia exorcismo 3x por semana e aos sábados e também fazia exorcismos por celular. ai ai ai...
 Esta pessoas só podem procurar estes caras porque não acreditam mais nem em si e nem na ciência, porque Deus "já levou o farelo" a muito tempo na cabeça deles, parece uma nova idade média, onde tudo o que acontecia e acontece é obra do demonio e o pessoal corre pras igrejas para comprar suas indulgencias.Olha eu não sei não, mas pra mim o demonio é o maior costas largas que eu ja vi na face da terra. Como é incrível o ser humano se ausentar da sua responsabilidade e vir dizer que foi o demo que fez aquela bagunça toda na vida dele, fala sério!
E os motivos da procura por esses "serviços" ? ...Era porque não engravidava, era porque tava cismada que tinha "demonios" dentro de si, era porque traia a mulher, as coisas mais sem comentários que você pode imaginar.

Eu não acredito no demo, mas acredito no mal e o mal é feito por uma pessoa só, o próprio homem. Ele, pra tirar o dele da reta ainda tenta humanizar os demais seres, e rotula tipo: "orca a baleia assassina", a tah e ele não mata milhões a extinção só pelo óleo da pobre? Engraçado, nunca vi baleia fabricar arpão e vir a terra só pra matar seres humanos!(LelaOrca minha colega, não comente isto! rs) Não, hoje eu to indignada porque é cada uma que parece duas!!!!

Eu acredito na existência dos Espíritos, mas não acredito em milagres; Acho incrível que tem gente que não acredita em Espírito, mas acredita piamente no diabo, é até um contra-senso isso. E ainda tem aqueles que acham que os Espíritos são o proprio demo, e nós ?só podemos ser os santos então, caimos da nuvem por descuido, só pode! aí falam no "Espirito de Deus", mas a gente não tem espírito, nossa é tanto rolo que é melhor nem se aprofundar...Eu só sei que, o povo, a partir destas minhas idéias ja pensou em me exorcizar e ainda colocaram no mesmo saco a idéia de que "eu não acredito em Deus". Tive uma sogra capanemense (aquela sim é que é o Satanás em pessoa), que vivia me dizendo isso e falando mal da vida alheia e enfeitando a cabeça do marido e vice-versa. Mas eu tenho a legitima convicção de que eu, que não acredito em demonio, e só vejo um pessoal ganhando grana com ele, acredito muito mais em Deus do que esses carinhas por aí; Até  porque, pensar que o demonio existe é querer, no mínimo, chamar o TP(Todo Poderoso) de imcompetente, na melhor das hipóteses!


Na verdade o homem é quem sempre precisou do diabo pra se justificar ou ganhar um trocado.

Eu admiro muito o professor Rivail Leon Hipolite Denizard, mas conhecido pelo pseudonimo de Alan Kardec, pelo profissional que era. O cara era "o cara" pra explicar as coisas, e foi através do que aprendi com ele que eu começei a pensar, digamos, "diferente". Eu explico. Leia com calma e reflita antes de querer me queimar em óleo quente porque já devem ter feito isto em alguma vida passada minha, eu não gostei, e não tem graça repeteco.



Ele nos lembra de como foram fecundos em milagres os séculos da ignorância, porque se considerava sobrenatural tudo aquilo cuja causa não se conhecia. À proporção que a Ciência revelou novas leis, o círculo do maravilhoso se foi restringindo; mas, como a Ciência ainda não explorara todo o vasto campo da Natureza, larga parte dele ficou reservada para o maravilhoso.

Mas vamos 1º entender a definição deste maravilhoso, do que é milagre propriamente dito.

Na acepção etimológica, a palavra milagre (de mirari, admirar) significa: admirável, coisa extraordinária, surpreendente

A Academia definiu-a deste modo: Um ato do poder divino contrário às leis da Natureza, conhecidas.

No sentido teológico, é uma derrogação das leis da Natureza, por meio da qual Deus manifesta o seu poder. O que, para a Igreja, dá valor aos milagres são, precisamente, a origem sobrenatural deles e a impossibilidade de serem explicados. Ela se firmou tão bem sobre esse ponto, que o assimilarem-se os milagres aos fenômenos da Natureza constitui para ela uma heresia, um atentado contra a fé, tanto assim que excomungou e até queimou muita gente por não ter querido crer em certos milagres. A gente ja falou disso, abafa o caso. 

Outro caráter do milagre é o ser insólito, isolado, excepcional. Logo que um fenômeno se reproduz, quer espontânea, quer voluntariamente, é que está submetido a uma lei e, desde então, seja ou não seja conhecida a lei, já não pode haver milagres.

Expulso do domínio da materialidade, pela Ciência, o maravilhoso se encastelou no da espiritualidade, onde encontrou o seu último refúgio. Demonstrando que o elemento espiritual é uma das forças vivas da Natureza, força que incessantemente atua em concorrência com a força material e que expulso da espiritualidade, o maravilhoso já não terá razão de ser e só então se poderá dizer que passou o tempo dos milagres.

O ser humano submetido às leis que regem o princípio espiritual, como o corpo o está às que regem o princípio material; mas, como estes dois princípios têm necessária afinidade, como reagem incessantemente um sobre o outro, como da ação simultânea deles resultam o movimento e a harmonia do conjunto, segue-se que a espiritualidade e a materialidade são duas partes de um mesmo todo, tão natural uma quanto a outra, não sendo, pois, a primeira uma exceção, uma anomalia na ordem das coisas.

Já não sendo o mesmo que no estado de encarnado, o meio em que atuam os Espíritos e os modos por que atuam, diferentes são os efeitos, que parecem sobrenaturais unicamente porque se produzem com o auxílio de agentes que não são os de que nos servimos. Desde, porém, que esses agentes estão na Natureza e as manifestações se dão em virtude de certas leis, nada há de sobrenatural, ou de maravilhoso. Antes de se conhecerem as propriedades da eletricidade, os fenômenos elétricos passavam por prodígios para certa gente; desde que se tornou conhecida a causa, desapareceu o maravilhoso.
 
Baseado em aparências inexplicadas, o sobrenatural deixa livre curso à imaginação que, a vagar pelo desconhecido, gera as crenças supersticiosas.Uma explicação racional, fundada nas leis da Natureza, reconduzindo o homem ao terreno da realidade, fixa um ponto de parada aos transviamentos da imaginação e destrói as superstições.
 Para os que negam a existência do princípio espiritual independente, que negam, por conseguinte, a da alma individual e sobrevivente, a Natureza toda está na matéria tangível; todos os fenômenos que concernem à espiritualidade são, para esses negadores, sobrenaturais e, portanto,quiméricos. Não admitindo a causa não podem eles admitir os efeitos e, quando estes são patentes, os atribuem à imaginação, à ilusão, à alucinação e se negam a aprofundá-los. Daí, a opinião preconcebida em que se acastelam e que os torna inaptos a apreciar judiciosamente o fenômeno, porque parte do princípio de negação de tudo o que não seja material.
Do fato, porém, que admitir os efeitos, que são corolário da existência da alma, não se segue que admita todos os efeitos qualificados de maravilhosos e que se proponha a justificá-los e dar-lhes crédito; que se faça campeão de todos os devaneios, de todas as utopias, de todas as excentricidades sistemáticas, de todas as lendas miraculosas.O charlatanismo explora em proveito próprio alguns fatos; que a imaginação os tenha criado; eo fanatismo os haja exagerado muitíssimo. O raciocinio é tão solidário com as extravagâncias que se cometem em seu nome, como a Ciência o é com os abusos da ignorância e a verdadeira religião com os abusos do fanatismo. Contudo, em face das coisas divinas, temos, para critério do nosso juízo, os atributos mesmos de Deus. Ao poder soberano reúne ele a soberana sabedoria, donde se deve concluir que não faz coisa alguma inútil. Por que, então, faria milagres? Para atestar o seu poder, dizem. Mas, o poder de Deus não se manifesta de maneira muito mais imponente pelo grandioso conjunto das obras da criação, pela sábia previdência que essa criação revela, assim nas partes mais gigantescas, como nas mais mínimas, e pela harmonia das leis que regem o mecanismo do Universo, do que por algumas pequeninas e pueris derrogações que todos os prestímanos sabem imitar? Que se diria de uni sábio mecânico que, para provar a sua habilidade, desmantelasse um relógio construído pelas suas mãos, obra-prima de ciência, a fim de mostrar que pode desmanchar o que fizera? Seu saber, ao contrário, não ressalta muito mais da regularidade e da precisão do movimento da sua obra? Deus não faz coisas inúteis, Não sendo necessários os milagres para a glorificação de Deus, nada no Universo se produz fora do âmbito das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo,como são, perfeitas as suas leis, não lhe é necessário derrogá-las. Se há fatos que não compreendemos, é que ainda nos faltam os conhecimentos necessários.

Admitido que Deus houvesse alguma vez, por motivos que nos escapam, derrogado acidentalmente leis por ele estabelecidas, tais leis já não seriam imutáveis. Mesmo, porem, que semelhante derrogação seja possível, terá que, pelo menos, de reconhecer que só ele, Deus, dispõe desse poder; Sem se negar ao Espírito do mal a onipotência, não se pode admitir lhe seja dado desfazer a obra divina, operando, de seu lado, prodígios capazes de seduzir até os eleitos, pois que isso implicaria a idéia de um poder igual ao de Deus. Se Satanás tem o poder de sustar o curso das leis naturais, que são obra de Deus, sem a permissão deste, mais poderoso é ele do que a Divindade. Logo, Deus não possui a onipotência e se, como pretende, delega poderes a Satanás, para mais facilmente induzir os homens ao mal, falta-lhe a soberana bondade. Em ambos os casos, há negação de um dos atributos sem os quais Deus não seria Deus. Daí vem a Igreja distinguir os “bons milagres”, que procedem de Deus, dos “maus milagres”, que procedem de Satanás. 

Mas, qual é a diferença? 

Seja satânico ou divino um milagre, haverá sempre uma derrogação de leis emanadas unicamente de Deus.
Se um indivíduo é curado por suposto milagre, quer seja Deus quem o opere, quer Satanás, não deixará por isso de ter havido a cura.
Forçoso se torna fazer pobríssima idéia da inteligência humana para se pretender que semelhantes doutrinas possam ser aceitas nos dias de hoje!

  Reconhecida a possibilidade de alguns fatos considerados miraculosos, há de se concluir que, seja qual for a origem que se lhes atribua, eles são  efeitos naturais de que se podem utilizar Espíritos desencarnados ou encarnados, como de tudo, como da própria inteligência e dos conhecimentos científicos de que disponham, para o bem ou para o mal, conforme neles preponderem a bondade ou a perversidade. Valendo-se do saber que haja adquirido, pode um ser perverso fazer coisas que passem por prodígios aos olhos dos ignorantes; mas, quando tais efeitos dão em resultado um bem qualquer, fora ilógico atribuir-se-lhes uma origem diabólica. Mas, a religião, dizem, se apóia em fatos que nem explicados, nem explicáveis são. Inexplicados, talvez; inexplicáveis, é questão muito outra. Que sabe o homem das descobertas e dos conhecimentos que o futuro lhe reserva?

Os “livros sagrados” estão cheios de fatos desse gênero, qualificados de sobrenaturais; como, porém, outros análogos e ainda mais maravilhosos se encontram em todas as religiões pagãs da antigüidade, se a veracidade de uma religião dependesse do numero e da natureza de tais fatos, não se saberia dizer qual a que devesse prevalecer. Essa tese, de que se constituíram defensores eminentes teólogos, leva direito à conclusão de que, em breve tempo, já não haverá religião possível, nem mesmo a cristã, desde que se chegue a demonstrar que é natural o que se considerava sobrenatural, visto que, por mais que se acumulem argumentos, não se logrará sustentar a crença de que um fato é miraculoso, depois de se haver provado que não o é. Ora, a prova existe de que um fato não constitui exceção às leis naturais, logo que pode ser explicado por essas mesmas leis e que, podendo reproduzir-se por intermédio de um indivíduo qualquer, deixa de ser privilégio dos santos. 

O de que necessitam as religiões não é do sobrenatural, mas do princípio espiritual, que erradamente costumam confundir com o maravilhoso e sem o qual não há religião possível.
É preciso algo mais sólido do que os milagres: As imutáveis leis de Deus, a que obedecem assim o princípio espiritual, como o princípio material. Essa base desafia o tempo e a Ciência, pois que o tempo e a Ciência virão sancioná-la.

Deus não se torna menos digno da nossa admiração, do nosso reconhecimento, do nosso respeito, por não haver derrogado suas leis, grandiosas, sobretudo, pela imutabilidade que as caracteriza. Não se faz mister o sobrenatural, para que se preste a Deus o culto que lhe é devido. A Natureza não é de si mesma tão imponente, que dispense se lhe acrescente seja o que for para provar a suprema potestade? Tanto menos incrédulos topará a religião, quanto mais a razão a sancionar em todos os pontos. O Cristianismo nada tem que perder com semelhante sanção; ao contrário, só tem que ganhar. Se alguma coisa o há prejudicado na opinião de muitas pessoas, foi precisamente o abuso do sobrenatural e do maravilhoso.

Querem dar ao povo, aos ignorantes, aos pobres de espírito uma idéia do poder de Deus? Mostrem-no na sabedoria infinita que preside a tudo, no admirável organismo de tudo o que vive, na frutificação das plantas, na apropriação de todas as partes de cada ser às suas necessidades, de acordo com o meio onde ele é posto a viver. Mostrem-lhes a sua bondade na solicitude que dispensa a todas as criaturas, por mais ínfimas que sejam, a sua previdência, na razão de ser de todas as coisas, entre as quais nenhuma inútil se conta, no bem que sempre decorre de um mal aparente e temporário. Façam-lhes compreender, principalmente, que o mal real é obra do homem e não de Deus; não procurem espavori-los com o marmore do inferno, em que acabam não mais crendo e que os levam a duvidar da bondade de Deus; antes, dêem-lhes coragem, mediante a certeza de poderem um dia redimir-se e reparar o mal que hajam praticado. 

 
   
Apontem-lhes as descobertas da Ciência como revelações das leis divinas e não como obra de Satanás. Ensinem-lhes, finalmente, a ler no livro da Natureza, constantemente aberto diante deles; nesse livro inesgotavel, em que cada uma de cujas paginas se acham inscritas a sabedoria e a bondade do Criador. Eles, então, compreenderão que um ser tão grande, que com tudo se ocupa, que por tudo vela, que tudo prevê, forcosamente dispõem do poder supremo. Vê-lo-á o lavrador, ao sulcar o seu campo; e o desditoso, nas suas aflições, o bendizerá dizendo: Se sou infeliz, É POR CULPA MINHA. Então, os homens serão verdadeiramente religiosos (no sentido filosofico da palavra), racionalmente religiosos, sobretudo, muito mais do que acreditando em pedras que suam sangue, ou em estátuas que piscam os olhos e derramam lágrimas".



Fonte: A Gênese - Os milgares e as previsões segundo o Espiritismo.(Cap.XIII)

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