domingo, 30 de agosto de 2009

Aventuras da BRIJHATUR em São Luís



Estou postando esta crônica aqui, mas a autora é minha amiga Flavinha, e foi tão bem escrita que jamais poderia ter passado em branco, bom eu me divertir lendo e ao mesmo tendo assistindo Kung-fu Panda, não sei do q eu ria mais, se era do desenho ou da crônica da amiga, mas espero que todos possam se divertir tbm!
Apertem os cintos, e senta q lá vem comédia!!!rs

Diário de viagem a São Luís

Belém, 20 de março de 2008.
Às 18:30h apresentávamo-nos à tripulação que embarcaria rumo à São Luís. Minha primeira viagem pelo Brijhatur! A primeira, mas certamente não a última...
Na chegada ao Terminal Rodoviário logo encontramos o guia de turismo e mais uma cliente, ávida por conhecer São Luís. Para Natália e para mim, não adiantaria ir ao Maranhão sem conhecer a capital... E assim, na negociação do pacote, entre vários telefonemas recebidos aquele dia (que, acredite!, não era engano! Era a Lauze me convidando pra fazer uma viagem interestadual no feriado em que tinha como plano A: Ajuruteua e plano B: Algodoal...), as meninas gentis cederam a prioridade de conhecer os Lençóis Maranhenses pensando na nossa satisfação de conhecer a terra do reggae.
Check-in... Lauze: ok!; Brijha: ok!; Flávia: ok!; Natália: ok! Procuramos a plataforma específica para embarque e restava a espera pelo ônibus... E tudo certo! Ele chegou no horário previsto e pronto: estávamos começando a viagem de férias de 2008!
Infelizmente, uma das componentes do grupo não estava muito bem... Depois de um dia de exaustivo de trabalho, com viagens intermunicipais que ainda necessitavam de relatórios, NataLHA, rebatizada no guichê de vendas de passagens, estava com enjôo e mal estar geral. Por essa razão, tal passageira no percurso Belém-São Luís permaneceu quietinha enquanto as outras cochicharam a noite inteira... E eram histórias e mais histórias...
Abrimos um parêntese aqui: Lauze recebeu um telefonema na saída do terminal... Um novo pretendente... Sim, um novo pretendente já querendo garantir seu lugar no próximo pacote da agência Brijhatur!
Como citado anteriormente, a viagem prosseguiu com vários causos contados durante a noite. Flávia alugou Lauze por algumas horas, lendo e relendo mensagens de celular que traziam uma sensação que somente algumas pessoas conseguem captar: o famoso “é tão bom, mas é tão ruim!...”. Ah, mas tudo isso foi motivo de muitos risos e compartilhamento de experiências...
A noite passando e, depois de muita conversa, os passageiros já estavam se ajeitando pra dormir... ônibus semi-leito e ainda sim minhas perninhas abençoadas não resistem a ficar na posição por muito tempo. E não houve massagem, ginástica e reza que desse jeito... Até a Lauze que fez um duplo twist carpado conseguiu dormir por algumas horas como um parafusinho de 1,82m e eu, com apenas 1,65m nada... Ah, tá bem! Eu já sabia que isso iria acontecer...
No meio da noite eu tento ir ao banheiro do bonde. Chego lá, a maior escuridão! Puxo a porta e nada... A galera do fundão tava dormindo há tempos. Poxa! Não deu pra perguntar quais os passos pra abrir porta!!! E eu prossigo na tentativa... nada! Volto ao meu lugar e a Lauze pergunta: “E aí? Conseguiu?”, eu respondo: “Não! Eu não sei como abre a porta! Huuahauhauhaua”; “Vai com o celular e vê o que tá escrito!”; “Ah! É mesmo, né?”; e assim fui, colocando o celular na direção da maçaneta da porta! Ainda bem que a tripulação estava dormindo, porque senão o povo ia pensar que eu estava delirando. Usando minha delicadeza abri a porta! E fim: assunto resolvido! Apesar do medo de não conseguir abrir a porta de volta, deu tudo certo!
O frio serviu pra que a Lauze desenvolvesse seu poder ‘Magayver’... Pegou todas as fitas durex que vieram na embalagem do kit de viagem da Brijhatur para vedar a passagem do ar condicionado. E ainda sim o frio deu um jeito de deixar sua marca! Saía mais pela lateral do que pelo emaranhado de fitas acima de nossas cabeças! E pra completar eu havia esquecido o lençol em Belém e a Lauze esqueceu de pegar o lençol dela na mala que estava no bagageiro do ônibus... Restou-nos compartilhar a toalha e uma blusa de mangas compridas pra minimizar a baixa temperaura.
Nos longos quilômetros que separam as capitais passamos por muitos municípios que, por serem desconhecidos e não possuírem nomes de referência na estrada, muitas vezes pareciam se repetir ao longo do percurso! Ah, dizem mesmo que as cidades de interior sempre têm a rua principal na qual existe uma igrejinha, ladeada por uma praça e a prefeitura... São assim mesmo! A primeira conclusão da viagem veio na madrugada: “Educação e saúde não sei como estão, mas se depender de banco de praça a população está bem servida!”


Belém, 21 de março de 2008.

Chegada em São Luís... Começou a polêmica!!!! Hauhaua Esse é o terminal? Não... É??? É...
Feriado e quase ninguém no terminal rodoviário???
Tem certeza que é aqui mesmo????
É... Era mesmo! Era um terminal meio estranho... Assim: amplo, espaço aberto que até transmitia certa insegurança... e tão amplo, mas parecia abandonado... Ué? Ninguém viaja por aqui??? Poxa! Não tem nem lugar pra sentar!!! E o índice de pessoas loucas em São Luís deve ser alto, afinal só no terminal encontramos no mínimo umas três figuras suspeitas...
Hum... Não foram nos buscar no terminal, então nosso guia tratou de conseguir um táxi que nos levasse à pousada. A pousada da praia...
Ao chegar à Pousada da Praia logo veio o primeiro impacto. A responsável pela pousada que sabia que chegaríamos àquele horário e éramos quatro mocinhas elegantes nos recebeu com um ar de surpresa, espanto... Mas prosseguiu e logo pediu para que sua subordinada mostrasse os nossos aposentos. A moça abriu a porta e só... huahuahaua... Começou a andar no quarto escuro como se conhecêssemos o caminho ou como se precisássemos lembrá-la de acender a luz... Sim, precisamos lembrá-la disso!
Em seguida, entregou-nos a chave e nos deixou sozinhas para curtirmos um breve descanso antes de nosso primeiro passeio na cidade. Alguém fechou a porta enquanto separávamos o que iríamos levar no passeio... Minutos depois o guia responsável pelo city tour viria nos buscar na pousada já estava telefonando, comunicando que estava a caminho. E na ânsia de sair do quarto, quem disse que conseguimos abrir a porta??? A porta havia, com toda certeza, sido desenhada e desenvolvida por um designer maranhense cujo principal objetivo era dificultar a saída do quarto... só pode!!! Além do designer do chaveiro, tão absurdo quanto o da porta! O chaveiro era de madeira, tinha aproximadamente 20 cm, pesava cerca de 15 vezes mais que a chave e era impossível passá-lo por baixo da porta ou entre as frestas da mesma. A solução foi a Brijha sair do quarto pela janela, após tentativas falhas de comunicação, e pedir ajuda aos nativos.
Aí, sim, veio a senhora responsável pela pousada, com toda a sua boa vontade e abriu a porta por fora... E disse: “É fácil abrir a porta...” e então dissemos a ela: “Por fora, é... Mas por dentro é impossível!!!”. Ela entrou e simplesmente nos mandou sair do quarto, quase empurrando a nossa crítica “NataLHA”... Ah, não, pela madrugada!!!! Sair de Belém passando mal, atravessar a PA-MA para ser expulsa do quarto da pousada previamente alugada para passarmos a semana santa em São Luís era demais pra ser verdade... Uma cidade que recebe muitos turistas, rica... Como pode??? Pôde sim! Começavam então as observações sócio-culturais-econômicas de NataLHA Jabor...
Depois da difícil saída do quarto, fomos finalmente ao passeio!!! O city tour!!! A van de turismo receptivo nos esperava na saída da pousada. E já estavam lá outros turistas...
Fizemos um passeio para conhecer a Avenida Litorânea, conhecemos um pouco da história do Maranhão, que foi colonizada por holandeses, franceses e quem mais??? Não sei... Sei que o povo brigou para dominar a região! Escutamos falar da famosa Ana Jansen, uma espécie de Magalhães Barata do Maranhão... Ela que fazia os escravos de tapete e os pisava com salto 15! Huahauhaua Ela conseguiu vencer a disputa com um milionário da época na questão do fornecimento de água da região, colocando gato morto na central de abastecimento do outro cara... Não me perguntem como, mas ela sempre tinha um jeito Magayver de conseguir as coisas... A praga da moça era tão poderosa que pelo menos uma casa do centro histórico que pertenceu a ela não tem sua porta principal aberta há décadas por puro medo (disfarçado de respeito) das maldições proferidas por ela... Tem cada história! Mas também, vamos dar um desconto, o povo aumenta...
O guia do city tour comentou que algumas ruas, na verdade, a maioria das ruas do centro histórico tem dois nomes... Beco da bosta, beco do precipício... Nesse último, Lauze e eu exclamamos: “Ééégua!!!” e percebemos (eu não, porque não sou observadora!) que algumas pessoas não haviam entendido aquela interjeição paraense...
Conhecemos igrejas, o palácio dos leões (sede do governo), algumas lojinhas de artesanato e lembranças de São Luís. Comemos também o doce de espécie que tem esse nome porque, segundo a vendedora, é feito de várias espécies... ???? Que explicação mais chula!!! Espécie de que? De coco??? É, porque só tinha coco ali... e uma castanhinha que servia como um cabo... Isso é coisa de maranhense!!!! Ah, mas o doce é gostoso mesmo... O preço do doce é que era salgado...
Ah, também passamos pelo teatro de São Luís, onde o guia informou: “uma famosa atriz nasceu, estreou e morreu aos 12 anos no camarote”. Égua! É muita coincidência nascer e morrer no camarote do teatro! Huahuahauha E, se redimindo (?), por ocasião do by night disse: ela estreou no camarote aos 12 anos!? Égua! Mas o normal não é estrear no palco!???? Êta povo complicado! kkkkkkkk
O que mais impressionou da cidade aquele dia foi o centro histórico preservado, afinal é patrimônio da humanidade, com suas luminárias lembrando o musical “Dancing and singing in the rain”... E eu não consegui tirar a foto da Lauze na luminária! Kkkkk Duas tentativas e nada! Eu frustrei a pobre moça, afinal só percebemos depois, quando o guia nos mandava avançar rumo ao projeto renascer, onde a Lauze há 10 anos passou fome!
A sensação de tranqüilidade é incrível... Talvez pelo feriado, mas a impressão que eu tinha é que 75% da população de São Luís tinha viajado - e de avião ainda, tá?, porque a rodoviária estava vazia em pleno sexta-feira, véspera do feriado... Enfim, a cidade parecia muito grande para poucos habitantes... Ou seria a cidade dos práticos??? Afinal, com tantos navios atracados, aguardando a vez para serem manobrados pelos práticos (que ganham altas somas de dinheiro) talvez a melhor saída fosse investir na cidade de São Luís... Aliás, não se via em canto algum da cidade vendedores ambulantes, pedintes, miseráveis, pessoas empreendedoras... Não se via também papel no chão! Mas também não se via jornal! Aliás, nem banca de revista... Então fui entender o motivo pelo slogan do jornal O Liberal ser “o maior do Norte e Nordeste”... se a cultura do povo do nordeste for parecida com a cultura do povo de São Luís, então não é difícil ser o maior... E, gente, os museus não abrem aos fins de semana... Poxa! Isso é absurdo! Então, turistas e trabalhadores têm que ir lá nos dias de semana... O que mais se via: azulejos (até no semáforo-um charme!), rotatórias, pistas com asfalto novinho, ladeiras para desafiar qualquer motorista, guardas de trânsito, policiais, hotéis e apartamentos luxuosos, motoristas de táxi burros e estes, nossa!, aqui merecem um capítulo a parte...
Mas, antes de falar nos taxistas, vamos falar do primeiro almoço em São Luís. Olha, que chique, foi na avenida Litorânea!!! No Oceano’s... Fomos servidas pela Conchita, segundo Brijha! Huahauha O almoço demorou, mas também era um prato caprichado... melhor dizendo: grande! E o preço acessível pelo conforto do local e pelo parâmetro de que em Belém a alimentação é cara... O resto do almoço deu pra levar pra pousada pro jantar...
Ah, a pousada, segundo um ilustre informante, ficava a apenas 15 minutos da praia do Calhau... E assim, na volta pra casa depois do almoço em um sol de 40ºC vesti a jaqueta jeans que estava nas mãos para evitar que meus ombros ficassem queimados com o sol, ladeada pela moça esguia de descendência européia de 1,82m e por mais uma turista que usava um chapeuzinho do Brasil... A Brijha era o guia! hahaha Até parece que o povo de lá não está acostumado com turistas, menino! Porque por onde passávamos atraímos olhares e cochichos nada discretos... Afinal, com esse perfil, os maranhenses que almoçavam na orla falavam em alto e bom tom para que os distraídos observassem as figuras que passavam desfilando rumo à pousada...
Mas o melhor mesmo foi a chacota que recebi de um hippie argentino! Pense!!! Ele comenta: “Se eu que estou de calças estou com calor, imagina essa que tá de jaqueta jeans”... Égua! Eu mereço!!! Vir de Belém pra ser chacoteada pelo hippie!
Como já havíamos percorrido boa parte da Avenida Litorânea e o sol e o cansaço estava apertanto, decidimos atravessar a rua e pegar um táxi... Foi hilário! O táxi fez o percurso inverso ao nosso... Voltou os quilômetros que tínhamos percorrido no sol de lascar com direito a chacotas e críticas, pois a única maneira de chegar à pousada era pegar a rotatória lá em cima (isso segundo os maranhenses, né?)... Gastamos energia em vão!
Com o cansaço da caminhada, a tarde foi de inteiro descanso... Dormimos muito pra recuperar o sono perdido na noite de viagem e para estarmos prontas para o dia seguinte-isso depois de uma longa conversa sobre a profissão: prático de navio! huhuahauha


Belém, 22 de março de 2008.

Ah... O passeio para Alcântara no Maranhão...
Fomos de ferry-boat de São Luís para Alcântara por 1 hora e meia de travessia e a conversa rendeu... Começou uma chuva fina que só acontece em São Luís... A chuvinha pra anunciar que o sol está chegando.
Alcântara é uma cidade histórica e muitas foram as histórias que ouvimos... A cidade com desenhos da maçonaria presentes em prédios, igrejas e detalhes do calçamento das ruas... Lá também existe o melhor doce de espécie. Crocante! Muito bom! E mais barato que o superfaturado de São Luís!
O mais engraçado: eram as histórias! As casas que seriam construídas para receber D. Pedro II, a igreja, a venda de sepulturas na igreja, e que cara bom!!!
O guia de turismo era de Alcântara, mas como estávamos em São Luís, onde tudo acontece, ele tinha cara de carioca e sotaque de carioca, mas era maranhense... A explicação: a mãe dele é carioca e ele, apesar de nunca ter ido ao Rio de Janeiro, herdou o sotaque que estava grudado no DNA materno... Será que lá o sotaque é herança ligada ao X???
E, por falar no guia de Alcântara, eis que ele diz: “Ah, a refeição no restaurante onde vamos não dá pra duas pessoas... É melhor pedir duas refeições”. Ponto: O restaurante era muito bonito! Uma estrutura caprichada! Mas a refeição era enorme e, pior, pelo sabor (ou falta dele) dava pra dividir até com metade da população de Alcântara... O melhor mesmo foi a água! Nunca houve água mais saborosa na refeição...
A travessia de volta à São Luís foi legal! Vimos o pôr-do-sol...
A tarde, Lauze e eu fomos à praia do Olho d’água e a Lau fez amizade com uns salva-vidas... huahauhaua A relações públicas da viagem!
A noite reservava o by night!!! E aí fomos novamente passear pelo centro histórico da cidade só que à noite huahuahau... A Natália não quis nos acompanhar. Ficou descansando para o nosso passeio à praia na manhã seguinte. O guia logo avisou que por causa da epidemia de quadricíclos o tour pelas praias não seria possível... “Quadricíclo? O que é isso? Um novo vírus???” Lauze viajou na batatinha! Aí, ponto pra eles! Devem ter pensado: “Que estranhos esses paraenses! Não sabem o que é um quadricíclo!!!” huahuahau
E fomos a o centro histórico! Que lindo! Conhecemos alguns hotéis luxuosos e vimos que os turistas estrangeiros ficam por lá mesmo... Era tudo tão caprichado que, por um segundo, até deu vontade de voltar em São Luís!
No centro histórico, paramos no bar “Antigamente” pra beber alguma coisa... Pôr do sol, clorofila e suco de acerola, morango e goiaba foram os pedidos de Brijha, Lauze e Flávia, respectivamente. No entanto, a Lauze pediu que ao suco que constava no cardápio fosse adicionada vodka:
-Você pode colocar um pouco de vodka no suco?
-Não.
-Como não?
-É que esse suco não tem vodka. Se você quiser vodka pode pedir caipirinha.
-Mas eu não quero caipirinha!!! Eu quero que coloquem junto com o suco um pouco de vodka...
-Não, só se a gente pegar a polpa e colocar a vodka e bate no liquidifcador...
-Mas e só quero que coloquem vodka no suco clorofila...
-Pois é... Foi isso que eu disse!
Atendido o pedido, Lauze prova seu suco Clorofila e diz: agora ta sem graça...
-Moça, você pode colocar uma dose de leite condensado?
-Sim...
Ah, pelo menos dessa vez foi rápido... Tanto a resposta quanto o atendimento. haha


Belém, 23 de março de 2008.

Praia do Araçagy, o destino do dia... Chama o táxi pra ir nos levar!!! Huahauhaua Isso porque havia algo de errado... Mesmo com a epidemia de quadricíclos, noticiada pelo guia do by night, a praia estava lotada de carros lembrando a praia do Atalaia, em Salinas... Tratava-se das vinganças dos maranhenses a nossa presença? Sei não...
O dia na praia foi legal, relaxante... Claro, depois da receptividade do senhor que iria armar uma outra barraca ao lado da nossa mesa que deu uma senhora e sonora pancada no meu ouvido... Égua! Essa doeu... Dia de fazer previsões... Tudo o que eu falava acontecia... Ah, tudo bem, isso aconteceu ao longo dos dias em São Luís... Se queriam um carrinho de picolé na praia, eu falava e tempos depois ele aparecia... Se comentava que não havia muitos vendedores, eles surgiam... É que o “não” não é aceito pelo universo...
Assim, fiz a previsão de que a Lauze casaria com um cara alto, católico e que gosta de cachorros, de que a Natália ganharia na loto, e de que eu encontraria um homem com senso de humor (daí elas me recomendaram um humorista em Fortaleza), preferencialmente moreno, que gostasse de mim, que reconhecesse seus erros, que fosse fiel... Natália e Brijha prometeram que, onde quer que estivessem, não poderiam deixar de ir ao casamento de Lauze. Esta, por sua vez, disse que era muito mais fácil ela encontrar o perfil do cara de quem ela gostaria de casar do que encontrar aquele que eu esperava... hahahaha Foi engraçado! Ou trágico, preocupante...
Também previ (a pedidos) que chegaríamos a Belém antes do tempo e assim chegamos... Tudo certo!!!
Algumas das profecias não se realizaram... pelo menos não ainda... Eu preciso incluir algumas outras especificações no meu pedido, o que, de certa forma, seleciona um pouco mais os candidatos... Ai, meu Deus!!!!
Fomos ao shopping São Luís antes de irmos à rodoviária para a volta à Belém... Lá era estranho também a questão do pedido, da ordem, na verdade: primeiro se espera o pedido ser atendido e depois paga-se... Parece que eles seguem um script e quando alguém sugere algo diferente eles não sabem como reagir...
Poxa! Mas até nas Lojas Americanas não havia biscoito “Passatempo” – que a vendedora não conhecia... Uma escassez de variedades!
Depois do absurdo da cobrança de 25 reais pela corrida de 8 km até o terminal, Natália teve a idéia de chamar um táxi lá na frente... Afinal, ela preferia pagar 20 reais para um taxista lá de fora que os dois que haviam respondido a ela que aquele era o preço mínimo. Os taxistas maranhenses fazem um complô, só pode!
Chegamos ao terminal e, pra nossa despedida e nos deixar saudades, mais uma confusão de maranhenses... As nossas passagens estavam com o horário trocado e isso porque esses bilhetes haviam sido um dos primeiros a serem comprados, hein? Mais uma prova para o nosso super guia Brijha resolver! No fim, deu tudo certo...
A volta à cidade das Mangueiras se fez sob um leve clima de tensão... medo de pegar a estrada mesmo... Mas com a numerologia e uma longa conversa sobre a vida, o tempo passou leve...
E assim chegava ao fim a excursão...
Saudades da equipe técnica formada! A relações públicas (com afinidade para taxistas), a cronista, o guia e a comentarista sócio-econômica-cultural...
Novas excursões estão a caminho!
Fim de nossos serviços...


Os taxistas de São Luís
Capítulo I
O primeiro taxista colocou uma música alta e foi suavemente pelo trânsito na cidade... Aliás, nem havia trânsito! Mas a moleza até lembrava engarrafamento... e logo percebemos que achar a Rua dos Magistrados não era tarefa fácil... Entra em uma rua... Saí... Em outra... Sai... “Moço, o senhor sabe onde é a rua dos Magistrados?” “Sei!” A pergunta que não queria calar: “Então por que o senhor ainda não chegou na pousada???” “Ta brincando pra deixar a gente perdida???”

Capítulo II
A volta do Oceano’s para a pousada nos fez pegar o segundo exemplar de taxista: aquele que não conhecia a rua dos magistrados, nem mesmo a Pousada da Praia (pois pegou o caminho errado e iria nos deixar na “Casa da Praia”), aquele que, como todo homem, não perguntava o caminho certo (aliás, teve a audácia de perguntar pra nós, meras turistas!!!), aquele que errou o caminho da rotatória (que até a observadora Lauze já havia aprendido, mas não quis dar o palpite, pois há dez anos não voltava a São Luís), aquele indelicado que não assumiu seu erro e cobrou o preço da corrida inteira (só prejuízo!)...
O mais engraçado foi o comentário da Natália: “Moço, dá pra ir mais rápido porque eu estou me sentindo mal... Não sei se vou agüentar!” E o cara meteu o pé no acelerador, mesmo sem saber o caminho...
Ah, e o taxista não sabia onde era o local e nos perguntava um ponto de referência... huahuahau Como??? Se nós éramos as turistas!!!!!!!! Kkkkkkk É muito sem noção!
E a Lauze, dizendo depois do longo trajeto da praia à pousada: “Poxa! Isso é porque eram 15 minutos... só se for correndo, né?”

Capítulo III
A conclusão da Lauze na volta de táxi depois da passagem na orla: “Conclusão: ninguém conhece a Pousada da Praia!”. Kkkkkkkkkkkk

Capítulo IV
Na ida à praia do Araçagy pegamos mais um táxi...
Poxa, não é querer reparar, mas a pista sendo um tapete, o tiozinho do táxi não passava de 40 km/h... Já tava me dando uma cuíra, compartilhada pelos comentários da crítica Natália, que mencionou no carro: nunca faria negócio com maranhense!
E na volta da praia, enquanto nós (Brijha, Lauze e eu) tirávamos fotos no banco de trás, o taxista, ao invés de prestar atenção no trânsito, queria ver nossas fotos e poses pelo retrovisor... huahuahauha

Capítulo V
Um breve comentário sobre o último taxista que prestou serviços a nós: ele redimiu a classe dos taxistas!
Na verdade ele não conheceu diretamente o xodozinho dos taxistas (Lauze), pois quem estava à frente dessa vez era a Natália, que com suas considerações a respeito do carro, fez com que o motorista se empolgasse e mostrasse toda a desenvoltura do motor, com um trajeto feito em tempo cronometrado antes do embarque a, cada vez mais saudosa, Belém...
Ele ainda escapou de uma batida por um descuido de outro taxista e pediu desculpas pelo susto, a que todos, de forma unânime, consideraram que ele não teve culpa alguma.
Ah, enfim, ganhou nossos cumprimentos e a inédita solicitação de um cartão, caso precisássemos dos serviços dele na nossa próxima visita a São Luís... Visita esta improvável por enquanto, afinal o lema da viagem foi: “Vá para o interior, mas não vá para a capital”... Não se sabe até quando isso irá vigorar!


Não disse? Hoje, dia 26 de agosto de 2009, depois de uma breve excursão à Curuçá –Pará, já se ouve falar na volta a São Luís. 

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