quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Medo


O medo pode ser a raiz de muitos problemas e conflitos que se carrega, ele está sempre escondido, pois nem sempre se mostra como tal. Existem medos de vários tipos, mas é necessário que entendamos primeiro o que ele é. Ele é o desconhecimento da verdade. É pavor, aflição, desassossego. O medo acontece quando as nossas fantasias nos parecem reais.

É na infância que aprendemos sobre o medo. Como lidar com ele, como camuflá-lo, como funcionar debaixo da pressão que ele exerce como fugir dele. Mas tivemos uma péssima educação com respeito ao erro e não aceitamos que possamos nos equivocar e cometer erros, pois, se soubéssemos fazer tudo, se fossemos perfeitos, não estaríamos aqui, já não seriamos homens. É da natureza humana não saber, se equivocar e errar, posto que estejam na vida para aprender, e para isso é necessário provar, corrigir e tentar novamente. Desde criança somos submetidos a uma má educação frente ao erro. Quando nos equivocamos, a correção não é adequada e não nos permite superar o erro e sermos melhores; então começamos a ter medo da correção. E mais, existem pessoas que não se animam a dizer ou fazer o que pensam e esmorecem porque têm medo de errar. Mas como nos ensinam Bandler e Grinder, "não existe o fracasso. O que existem são experiências vividas". Essas experiências podem ser positivas ou dolorosas, agradáveis ou desagradáveis, porém todas deixarão um ensinamento. O conhecimento não surge como num passe de mágica, ninguém dorme sal e acorda açúcar. É necessário praticar varias vezes até conseguirmos compreender e aprender, porque não existem soluções definitivas e eternas.

São poucos os que realmente tentam compreender o número de mascaras e disfarces usados pelo medo. Muitas vezes queremos fórmulas mágicas e consideramos que, com essa formula, poderemos resolver tudo, então cremos que conhecemos. Porém este modo de pensar e agir continua sendo um erro. É preciso ter cuidado, pois o que muitas vezes chamamos de “prudência”, ao protelar decisões, não passam de medo – medo do fracasso e do sucesso misturados numa só coisa. Depois de varias experiências, descobri que quando eu exclamava indignada, “Olha só o que fizeram comigo!”, na verdade estava sentindo medo. 

Se tivéssemos outra filosofia frente àquilo que não fazemos bem ou não entendemos, isso nos ensinaria que, quando fazemos algo que não fica bom, devemos corrigi-lo e da próxima vez certamente sairá melhor. Justamente pelo fato de termos caído muitas vezes e termos errado muitas vezes é que hoje caminhamos e até corremos. Então, por que temos medo de errar se isso faz parte do processo da vida? Ele faz parte do processo de aprendizagem daquilo que não sabemos. Por isso, não há melhor receita contra o medo do que fazer as coisas. Não existe outra forma de superá-lo.

O medo tem tantos disfarces inteligentes, que é quase impossível reconhecê-lo a todo instante. Ninguém pode dominar um inimigo que não conhece! Muitas vezes eu não sabia que estava com medo. Nas situações em que eu sabia estar com medo, tive medo de admiti-lo. Em vez disso, elaborei muitas formas criativas para não fazer aquilo que eu temia. Resultado: o medo me dominou. Passou a ditar meus movimentos e reações a qualquer situação. O medo se disfarçou naquilo que eu dizia que não podia fazer,  naquilo que eu dizia não possuir, que afirmava não ter tempo para realizar e nas coisas que achava que os outros não me deixavam fazer. Eu já travesti o medo da necessidade de estar num outro lugar fazendo alguma outra coisa, sem saber como fazer essa outra coisa, sem precisar fazer nada.

Aqueles que esperam o medo passar para só então agir, jamais o farão, porque o medo nunca vai desaparecer, sempre vai estar presente. A diferença é que vamos dominá-lo e vamos passar por cima dele. Será como um trampolim. É normal que, como seres humanos, tenhamos medo do que não conhecemos. O anormal é perigoso é que o temor nos paralise. Cada manhã, durante a minha caminhada, eu passo por uma variedade de árvores dentre elas umas bem jovens que quando o vento sopra mais forte, parecem, às vezes, que vão quebrar. Mas não quebram. Dobram-se com o vento, mas permanecem ancoradas. O medo é uma reação comum aos ventos fortes que sopram em nossas vidas. Precisamos aprender a nos dobrar e acreditar que não vamos quebrar. Precisamos nos segurar ao que sabemos sobre a nossa capacidade de resistir à tempestade, e nessas horas a fé aliada a prática também ajuda. Precisamos reconhecer quando estamos com medo, para então o desmantelarmos.

Ao invés de perder tempo e energia fugindo das coisas que teme, desenvolva a coragem necessária para superá-las. O medo, por outro lado, é um instrumento do ego, que nos faz acreditar que somos seres independentes de Deus, independentes uns dos outros e, em geral inferiores e inadequados. Pense nisso. Quando nos pedem que façamos algo que não nos achamos dignos ou capazes de fazer, não é o medo a primeira emoção que sentimos? Medo do abandono, medo do ridículo, da desvalorização, da humilhação. Medo que alguém deixe de nos amar. Como não queremos nos sentir assim, negamos o que sentimos. “Não estou com medo, estou muito ocupado”; “Não estou com medo, só não quero assumir nenhum relacionamento sério agora no momento”; “Não estou com medo, estou sem um tostão furado”. Aprenda a reconhecer e aceitar os sinais e sintomas do medo quando ele se aproxima. Quando você aprender a reconhecer que o medo está sentado, esperando ser alimentado, poderá matá-lo de fome.




Da próxima vez em que seu estomago der cambalhotas de tanto medo, não negue, fingindo que está tudo bem. Sussurre bem baixinho: “Conheço você, medo, e sei exatamente o que quer. Mas hoje eu não estou com vontade de lidar com você. Abrace este medo que está batendo os talheres à sua mesa e diga: “Oi medo! Aí está você de novo! Eu sinto muito, mas não posso alimentá-lo hoje!”“. No instante em que você se der conta de que está sob o poder do medo, não tente escapar. Relaxe! Diga a verdade, aceite sua presença. Respire fundo algumas vezes. O medo odeia a luz da verdade. Sempre que você afirmar a verdade, o medo sairá correndo. Mas se você insistir em dizer que não está com medo, quando sabe que está, o medo, a forma mais vil de vida, enterrará seus dentes em você e nunca mais irá embora. Ele te conhece desde criança. Lembra quando você tinha medo do armário, da sombra das roupas ou de colocar o pé no vão entre a cama e o chão? Pois é, na verdade você precisa acalmar esta criança que está com medo dentro de você, segurar sua mão ou colocá-la no colo, sempre mostrando a ela que agora que você cresceu, ela, a sua criança interior estará sempre segura e protegida.


E por que, à medida que vai passando o tempo, os equívocos e fracassos vão deixando frustrações? Porque essas frustrações são fruto de ações das quais não soubemos extrair nenhum ensinamento.

É necessário revisar aquelas experiências que ainda consideramos errôneas para encontrar o ensinamento que guardam e eliminam os sentimentos e pensamentos negativos que naquele momento elas engendraram. A ação generosa é a água mais pura e cristalina que nos permitirá purificar e clarificar nosso mundo interior.

O que significa abrir nossas janelas para que entre ar em nosso interior? Todos nós temos idéias fixas, experiências que nos tornaram inflexíveis e fechados, preconceitos que nos tornaram rígidos frente à vida. Isso acontece porque na nossa mente falta ar, falta espaço; por isso é necessário ampliá-la. O conhecimento amplia nossa mente e abre-a para novas dimensões.

Novos ensinamentos, novos conceitos, novas aprendizagens não significam novas experiências sensoriais, porque isso nos prende novamente no efêmero. Não significa, por exemplo, realizar uma viagem no fim de semana para ver algo novo, para se distrair, porque, ao regressarmos, nos encontraremos com os mesmos pensamentos de sempre, com as idéias rotineiras de sempre, porque o que estamos utilizando como solução é superficial. É necessário que tomemos contato com ensinamentos mais profundos para entender os processos da vida e ampliar nossos horizontes interiores.

A Vontade é outro elemento de combate ao medo. Todos nós temos que recorrer à nossa vontade, porque não poderemos mudar nada, e nada poderá nos limpar se não colocarmos nossa grande força de vontade, este é o grande poder do ser humano.

O ser humano tem dois grandes poderes: a inteligência - a capacidade de discernimento, de saber o que fazer, quando e como fazer - e a vontade, que o leva a fazer. De que serve saber o que fazer se não tenho a força para colocá-lo em prática? E de que serve ter força para fazer algo se não sei o que fazer? Portanto é preciso concatenar as coisas. É preciso saber o que fazer, saber como fazer e ter a vontade para fazer.

Muitas vezes afirmamos que temos força de vontade, porém quantas vezes começamos projetos e planos e os deixamos de lado sem terminá-los? Porque nos falta CONSTANCIA, essa grande virtude que, como todas as virtudes, também podem ser cultivadas e enriquecidas. Às vezes, ficamos esperando que os valores e as virtudes venham até nós como que por um passe de mágica, quando na verdade eles são o fruto de um ensinamento que passa a ser um treinamento e se desenvolve com a pratica constante.

sábado, 16 de julho de 2011

Nossas dúvidas

O que é a dúvida? Bem, a dúvida aparece sobre aquilo que desconhecemos. Toda dúvida é uma ignorância. Quando sabemos, quando realmente aprendemos, a duvida desaparece como uma nuvem de fumaça dispersa. Ela gera instabilidade e insegurança. E uma pessoa insegura não pode avançar isso trás muita infelicidade. A segurança se alcança através das convicções que vamos conquistando durante a vida. Ela não é produto de teorias, do dinheiro, do status social e nem pode se basear em sentimentos Em resumo, onde há confiança, a dúvida não pode se instalar.

A dúvida cresce quando nos apegamos aos resultados e só investimos neles. Quando decidimos que as coisas devem ser de uma forma determinada, passamos a duvidar de que conseguiremos o que desejamos. A dúvida é fruto das nossas crenças e não da realidade, a não ser que você seja paranormal. A dúvida também é causada pela necessidade de controlarmos as situações. Para exercer tal controle, precisamos saber tudo a respeito de tudo. É o medo, ingrediente principal da dúvida. Ela também pode vir disfarçada de preocupação, porém a preocupação é descendente direta da necessidade de ter controle. É bem por aí que perpassa o mundo dos ciumentos. Que coisa paranóica!

É preciso cair na real e perceber que não somos oniscientes, onipresentes e onipotentes, mas importante ainda é estar claro que não podemos controlar a tudo e a todos. São leis invisíveis e intangíveis que governam o mundo e as pessoas, mas todo mundo quer assumir o lugar do TP. Quando nada está dissonante, naturalmente, as coisas fluem sem nenhum esforço, sem que precisemos controlar. Tudo está onde precisa estar, no lugar e hora, e quando compreendemos isso, não há mais motivos para dúvidas. Às vezes a gente se concentra tanto num determinado final desejado, a coisa dá uma guinada no meio do caminho, o negocio sai do controle, a gente se desespera, mas depois até agradece. Eu me lembrei agora de uma ex, alpinista social, que resolveu me dar a "elza" e querer roubar um imóvel meu, "dormindo" com pessoas "poderosas" e esfriando documentos, forjando-os a seu favor.

Como dizia Fafá de Belém, Foi assim...

EU comprei um imóvel, quando ainda estava com a dita cuja, pra gente morar, e quando nos separamos ela queria uma indenização por "serviços prestados", mereço neh? Eu sei que foram dois anos de batalha judicial pra destrinchar as pilantragens desta capanemense (não quero dizer com isso que todos os capanemenses são pilantra, óbvio que não, mas no caso dela não deu outra...!), enfim, graças a Alah, como diz o tio Ali, eu ganhei a causa claro, mas só Deus sabe os muquifos que tive que me embrenhar em busca de provas pra legitimar toda bandalheira que a ploc armou, resumo da ópera: eu fico cá com os meus botões pensando como é que o ser humano usa a inteligência pra pilantragem com tanta maestria e pra honestidade não? Fala sério!

Sim e a dúvida, aonde é que entra nessa história? Em vários momentos, mas vou me ater a um. Enfim, eu, passado 3 anos desta história, ruminando os documentos aqui em casa um belo dia, eu achei o comprovante do cartório do dia em que eu fui comprar o tal imóvel. Vê se da pra entender, lá no cartório foi elaborada toda a papelada pra mim, que era a nova compradora, ela, a ploc, tinha também uma procuração minha, já que era companheira "mickey" e eu, apaixonada, a companheira "pateta", que foi que eu fiz? Paguei um documento final de posse, mas nunca voltei ao cartório para confeccionar e dar nome ao proprietário do imóvel, saí de lá só como compradora e deixei em stand by. E olha que sou uma pessoa toda organizadinha, toda metódica, quase uma pretendente a TOC. Pra vocês entenderem, se eu tivesse, com toda minha organização e confiança que eu tinha nela, porque como gay, sentia medo de morrer e deixá-la desamparada (eu sou muito lesa mesmo!), eu teria efetivado o negocio e colocado no nome da guria como proprietária, pois era isso que estávamos querendo fazer, mas não sei por que cargas d’águas eu não fiz, deixei pra outro momento, mas paguei tudo. Agora a ploc, mas lesa ainda, pois se inteligente fosse, só tinha que ter voltado ao cartório e finalizado a negociação em nome dela, pois a transação já tava paga mesmo (isso depois de 03 anos!). Mas o TP é tão bom, tão bom comigo, que isso não aconteceu. A ploc dormiu com meia Belém do Pará a toa pra me roubar; Ficou sem o imóvel que pretendia surrupiar, nome sujo e desmoralizada na justiça. E eu to linda, ruiva e marroquina na minha casinha mega reformada e guardo até hoje com carinho esse recibo numa plaquinha, porque na hora que eu o achei me subiu um medo que não passava nem pensamento, igual ao que eu passei quando vi toda a documentação da minha casa forjada, mas eu confiei, agi e confiei que não era possível que o TP ia me permitir uma faceta desta. Feito e dito, ele me "segurou no colo", eu entreguei pra Deus, como diz o paraense, e a coisa foi disilinhada. Por isso que eu digo: é sempre melhor e mais fácil fazer o certo. Fica a dica!

Não avalie seus avanços pelas provas físicas, quando acontece o inesperado, duvidamos de nós mesmos, aí vem à preocupação, o medo. Mas tudo isso foi muito bom, bom pra eu ver quem ela era (a gente geralmente se engana com as pessoas quando ta apaixonada); Bom pra eu ver quem eu era, e compreender todos os detalhes desta situação e adquiri conhecimento pra causas afins que eu desconhecia e aprender com os erros, pois como diz Augusto Cury: “Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros”. E com essa fiquei mais conhecedora e como diz o Paraense: To passada na casca do alho!

A melhor maneira de se defender contra a dúvida é afirmando constantemente a verdade sobre nós mesmos e sobre a vida. Também não existe oração sem resposta! Não existe ninguém coitadinho!!!! Absorva esta verdade.

Nós sempre recebemos exatamente o que precisamos, quando precisamos, até mesmo quando não temos consciência de precisar. Aprender a viver sem ter de avaliar cada acontecimento ou situação, permanecer concentrado no desejo do bem, sintonizado com a vontade Divina, elimina o crescimento da dúvida na mente consciente. Quando esperamos receber orientação, proteção e os benefícios da Vontade Divina, Podemos ter certeza de que todo resultado do nosso empenho será para o nosso bem.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Paz interior?


Há muito tempo atrás no orkut, eu tive uma comunidade que se chamava "Emoções são cavalos selvagens", onde falávamos sobre este assunto, fazíamos exercícios para aprendermos a lidar com esses nossos cavalos; E é sobre elas, as emoções, que quero falar agora.

Todos têm emoções, é fato, pois elas é que dão o plus em nossas vidas, porém pobre do homem que coloca os instintos a serviço de sua inteligência (Já dizia o Tio Ali do Clone). As emoções são cavalos selvagens, como eu gosto de dizer, e se apresentam de forma tão descontrolada e tão pouco harmônicas que nem sequer podemos guiá-las. Até assemelham-se a fenômenos atmosféricos, pois mudam sem que tenhamos a mínima capacidade de conduzi-las. Dessa forma, reagimos de maneira violenta, como uma tormenta, e então nos confundimos, por isso numa hora nos deprimimos e nos angustiamos; depois estamos contentes, entusiasmados, e outra vez tristes. Talvez fosse possível prever esses fenômenos, mas acontece aquilo que se verifica com aqueles que fazem a previsão do tempo: poucas vezes acertam.

 No frigir dos ovos, é a cólera que nos perturba, nos desestabiliza e quando perdemos o eixo já não sabemos o que fazer. O que amávamos agora odiamos; o que sabíamos a pouco tempo atrás, ignoramos; O que deveríamos saber já não faz o menor sentido.Quantas vezes por falta deste domínio sobre as emoções, ferimos pessoas que amamos porque dizemos coisas que não devíamos dizer? Por falta de controle. Nesses momentos o homem não é feliz, perdeu a oportunidade de sê-lo, pois começa a somar arrependimentos e rancores. Se deixarmos esses cavalos selvagens dirigirem nossas vidas, então nossa felicidade dependerá das emoções. Portanto, é importante aprendermos a controlá-las.

O trabalho sobre as emoções é um trabalho de EDUCAÇÃO, pois é necessário acalmá-las e para isso temos que colocar VONTADE. Este é o combustível! Pra se montar a cavalo, é preciso saber segurar as rédeas a fim de cavalgar. Assim são as emoções, elas precisam entender quem comanda quem as dirige, mas sem nunca colocar a força para controlá-las, pois senão elas se desgarram. O correto é que as emoções se expressem, mas apenas segundo certas normas de JUSTAS convivências, e sempre que a expressão não destrua os demais, não gere uma revolta, pois cabe a si mesmo perguntar: porque os demais suportariam minha falta de cortesia? Assim como tivemos que aprender a fazer muitas coisas que não sabíamos e que a princípio pareciam difíceis, assim também podemos educar as emoções.


Para se ter paz interna é necessário aprender a conduzir as emoções, e esta é nossa responsabilidade, pois de maneira alguma se pode falar em felicidade, plenitude, ou satisfação, se perdemos tanta energia em casa através des desequilíbrios emocionais que nos ocorrem.


Tá e como controlar as emoções? Como educá-las? Lembra da aceitação? Primeiro aceitamos a emoção, para posteriormente identificá-la e assim educá-la. Exemplo, se você é alguém muito “colérica”, vire e mexe explode com alguém, mas adora sair por aí arrotando que o mundo está violento, tem que ser você o primeiro a não agir com violência, fazer como dizia e fazia Gandhi "seja você primeiro a mudança que quer no mundo". É justamente agir como você gostaria que o mundo e o outros agissem com você. Outra coisa boa são as pessoas, elas adoram apontar defeitos, mas lembre-se sempre que a gente só reconhece no outro aquilo que está dentro de nós, frase perfeita do Dr. Adalberto Barreto. Então antes de falar que fulano é egoísta, lembre-se que você só identificou o egoísmo dele porque este mesmo sentimento vive  também dentro de você, então quando você sofrer a tentação de achar que é um gatinho inofensivo e injustiçado, lembre-se que isso não existe!. O outro só é nosso espelho. Em outro processo, percebem-se bem as negações, quando uma pessoa chega com você e lhe chama de “burro”, você pode até nem levar em consideração a primeira ofensa que ela lhe fez, mas se vier uma segunda e lhe falar a mesma coisa, fique atento (a) e se ainda aparecer outra terceira validando o que a primeira e a segunda lhe falaram, é hora de olhar bem no espelho porque pode estar caindo feno de sua boca. Seja honesto, se ajude antes que você venha querer bancar o ofendido e negar, o pior doente não é aquele que toma remédio, o pior doente é aquele que vai viver doente pro resto da vida sem ao menos perceber a sua doença. A coisa não vai acontecer de supetão, você não vai dormir “sal” e por encanto acordar “açúcar”, mas sem o exercício diário das virtudes, você não as irá alcançar. É como já ensinava São Francisco de Assis “Faça o necessário, depois o possível, e, de repente, você estará fazendo o impossível”. Mas acredite que você é capaz, porque se ele que também era ser - humano como nós, fez, porque não faremos? Ele abriu a porta nos cabe passar também. Então, fique esperto!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Não deixem que a história se repita!

Abrindo um espaço urgente por uma questão de utilidade pública!

 Vocês já viram o absurdo que é a propaganda do PSC em Belém-Pa???
Até parece que os homossexuais têm um complô articulado para dominarem o mundo e querem destruir "a família", como eles "alertam". Por acaso homossexuais são algum bandos de seres-bombas??? Muito pelo contrario, as Novas Famílias querem justamente o direito a ter Direitos o que não retira em nada os direitos de quem já os tem!

É por conta da manipulação de seres mesquinhos, de atitudes torpes, que ainda se elegem "alguma coisa" e são pagos, muito bem pagos com o dinheiro de TODOS, leiam-se homossexuais também, que propagandas absurdas e inverídicas como está que fomentam o ódio e a crueldade se alastram pelo mundo; Em tempos e tempos, e de acordo com a ganância e com o sentimento de ameaça que esses débeis elegem, escolhem suas vitimas "ameaçadoras"; Já foram judeus, já foram os negros, já foram a mulheres chamadas também de "bruxas", já foram vários... e agora os homossexuais; E pior, ainda acreditam falar em nome de Deus!Apesar de isso ter outro nome. Ontem mesmo eu recebi um email a la spam, de um tal antonio_teiambiental (nickname), falando semelhantemente os piores impropérios, porque a moda agora é querer inverter a coisa. Eles têm a presunção, após anos de violência homofóbica, virem dizer que os homossexuais é que são os opressores porque acham que todos que estão contra eles são homofóbicos. A tah, fala muito sério! Forçoso se torna fazer pobríssima idéia da inteligência humana para se pretender que semelhantes devaneios possam ser aceitos nos dias de hoje após anos de comprovações violentas e opressões históricas!

A tática dos anti-gays no momento, é desmoralizar homossexuais, mais ainda, inundando a opinião pública de mensagens truncadas e variadas distorções acreditando que com essas atitudes eles, por si só, encobrirão seus verdadeiros interesses e se enaltecerão em nome da "moral" que arrotam bem a moda da época em que certa ditadura "aconselhava aos cidadãos de bem" à não se relacionarem com comunistas porque comunistas "comem criancinhas"; Enquanto eles sim, agiam na surdina aplicando toda sorte de atrocidades.

Como efeito contrário, isso é bom para que VOCÊ, opinião pública, ELEITORES, enxerguem como esses manipuladores são ardilosos e maliciosos, TE USAM e não agem na ignorância, mas através da ignorância alheia formando clones adeptos, algo bem parecido com o que aconteceu na Alemanha nazista, através de um cara que na época era endeusado e conhecido como O Fuhrer. Porém, com alegria afirmo a esses anti-humanidade, que mesmo com todo seu desespero de causa a VERDADE de suas intenções é o que vai APARECER. Quem quer paz, não faz guerra com ninguém. Toda essa perseguição está muito além do aceitar ou não com respeito a orientação sexuais de cada um, mas existem recalques no passado e no inconsciente de algumas pessoas que só Freud explica.

O melhor que podemos fazer é DENUNCIAR essa escroque, mostrando quais são seus reais interesses e então DESMISTIFICAR através de informações lógicas e corretas de CIDADANIA e DIREITOS ao MUNDO. 

Eu, que também sou uma vítima da homofobia, não VOU PERMITIR QUE ISSO CONTINUE e nem que meus AMIGOS e DEMAIS SERES QUE AMO SEJAM TAMBÉM VÍTIMAS DESTA E DE QUALQUER ATO DE VIOLÊNCIA, assistindo de forma passiva;
Eu, que tanto me revolto por enxergar este, que é um dos piores métodos de execrar com o ser humano, que é atingindo sua mente, seu desconhecimento, e usando-o como veículo de manipulação. 

Eu sou professora e ACREDITO QUE SÓ A EDUCAÇÃO ALIADA A INFORMAÇÃO E A PRÁTICA DE VALORES IMUTÁVEIS, NÃO ESVAZIADOS, PODEM MUDAR TODO ESSE QUADRO DE CAOS NA HUMANIDADE. 

TODOS somos  SERES HUMANOS, e CIDADÃOS DO MUNDO!

As pessoas têm todo direito de agir e pensar de forma IGNÓBIL ou CRETINA SE QUISER, longe de mim querer assumir o papel de Deus, nem tenho cacife pra isso, mas NUNCA, repito NUNCA, enquanto EDUCADORA EU FOR, elas terão de mim o SILÊNCIO e o espaço para INDUZIR AOS DEMAIS de forma COVARDE, AO ERRO E A VIOLÊNCIA. 

ISSO SIM È IMORAL!!!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Essa tal felicidade...


Mais uma vez, revirando meu acervo deparei-me com mais uma pérola das palestras da Délia Guzmán e esta fala sobre o segredo de uma alma feliz, da qual resenho pra vocês.

Sem dúvida, não é fácil falar de felicidade. Pode parecer um tema simples, porque todos a buscamos e, por vezes, afirmamos que somos felizes. Mas todos queremos saber o que é em si a felicidade. Ás vezes a colocamos em um lugar tão volátil, tão distante e tão pouco claro, que se torna dificil alcança-la. O mesmo acontece quando buscamos os meios para obtê-la, pois o fazemos de uma maneira tão inadequada que parece que a felicidade se distancia cada vez mais de nós.
Há quem pense que a felicidade é tão efemera, que não exista, mas Kant afirmava que ela é um dever e, como tal, deve ser buscada. Porém o ser humano lamentavelmente a associa com a fantasia e pensa que, se também possuísse o que as pessoas que ele considera felizes possuem, seria igualmente feliz. Quantas e quantas vezes trabalhamos feitos jumentos para obtermos coisas e, quando as possuímos, nos damos conta de que não nos proporcionam felicidade. Me lembrei uma vez, quando ainda era aluna da UVA e estava dando um seminario sobre celulas tronco, e fiz a pergunta à platéia  se alguém ja tinha corrido muito atrás de uma coisa e quando a conquistou ainda a jogou fora, e o bando de "santos" disseram-me um sonoro "NÃOOOOOOO", que eu estava errada. Nossa que bom, pensei eu, estou numa classes de Espíritos perfeitos, já posso morrer. Ah fala sério! É como se na nossa mente tudo o que vemos assumisse uma cor atrativa, porém quando chega às nossas mãos, começa a ficar cinza, como se não fosse mais a mesma coisa.

Aristoteles, grande filosofo grego, dizia que todos nós, seres humanos, buscamos a felicidade, mas não nos damos conta de que ela não é igual para todos. Considerando que existem diferentes tipos de pessoas, também existem diferentes tipos de felicidade, assim como diferentes tipos de bem, como ele chamava. Alguns, dizia ele, buscarão a felicidade, ou diferentes tipos de bem em seu corpo e se sentirão felizes por poder dormir, comer e descansar satisfatoriamente. Outros buscarão a felicidade nas emoções e se sentirão muito realizados somente com a possibilidade de amar e ser amado. mas Aristoteles afirmava que a verdadeira felicidade do ser humano não pode ficar limitada a situações tão transitorias, ela não é um dom ou um presente dos deuses, mas da pratica da virtude. Que virtude Arí??? Aquela que é propria do ser humano, se relaciona com sua alma e que é encontrada em seu interior.Pegou profundo agora.

Muitas das vezes atuamos contrariamente a felicidade, esperando que a vida nos a outorgue, e ficamos nós como cães a beira da mesa da sala de jantar, na espectativa de tê-la sem nos esforçarmos para conquista-la. Aquele papo de que "se Deus quiser ", "Em nome de Jesus",  ahhh eu acredito que se Deus não fosse tão misericordioso, jogava um raio na cabeça do cidadão pra acabar de falar tanta bobagem e ainda botar o nome dele e de um de seus mais amados filhos no meio! Outras vezes, ficamos nós a acreditar que como um passe de magica a felicidade virá até nós, como compensasão pelo o que já realizamos. Ledo engano.Confundimos Deus com o nosso pai terreno.Para alcança-la é preciso uma forte disciplina de vida.

Isso me faz lembra também uma estoria aparentemente morbida de um peregrino que caminhava de povoado em povoado e entre belos campos e belas flores  de um parque descobriu uma laje, aproximando-se, leu uma inscrição: 5 anos e 4 meses. Continuou caminhando e encontrou outra, com um nome e numero diferentes: 10 anos e 4 meses, continuou andando e descobriu mais e mais lajes com diferentes nomes e numeros sempre muito curtos. Foi aí que ele se tocou que não eram lajes e sim lápides, nas quais se achavam registrados nomes de pessoas e a quantidade de anos vividos. Profundamente comovido, ele começou a chorar pela morte de tantas criançinhas, foi aí que o guardião do parque o encontrou e este lhe esplicou o que havia ocorrido e o que sentia ao guardião, mas aquele lhe esclareceu que não era que eles estivessem morrido jovens; - esses anos que você vê escritos representam o tempo de felicidade que cada pessoa viveu. É costume deste povoado, quando um filho completa 15 anos, os pais presentearem com um caderno de notas e colocarem em seu pescoço. A partir de então vai-se anotando os instantes felizes vividos e o tempo de duração (adorei isso!). O primeiro amor, o primeiro beijo, a graduação escolar etc.O peregrino não ficou mais aliviado, muito pelo contrario, ficou ainda mais triste ao constatar que podemos viver muitos anos físicos, mas que se somarmos apenas os instantes felizes, nossa vida se reduz enormemente, pois estes são muito breves.

Aí fica a questão: Colocamos a felicidade em coisas permanentes ou naquelas efemeras e circunstanciais?
esse post valeu uma DR e uma explicação neste fim de semana, que eu agradeço e ajoelho aos pés da minha "com muita sorte", de ter tirado minhas vendas oculares para alguns fatos que eu não estava me atentando.

O corpo físico, pode ser feliz se não tiver a certeza de que todos os dias terá o que comer, vestir, ou onde dormir? E, se fizermos a felicidade depender das emoções, poderemos ser felizes se não tivermos a certeza de que amanhã a pessoa amada continuará nos amando? ou as pessoas nas quais nos relacionamos já não mais estiverem junto a nós ou correspondendo nossos sentimentos?

Definitivamente, há algo importante: necessitamos de segurança. A segurança não nos será dada pelas circunstancias passageiras, mas sim por aquilo que perdura. Pra isso, é necessário saber discernir e escolher, em tudo que fazemos, o que é temporal e o que perdura. Não pretendo com isso tirar o valor das pequenas coisas, pois são muito valiosas e nos ajudam a construir o futuro, mas essas pequenas coisas não podem ser tão superficiais ao ponto de desaparecerem em poucas horas pois assim nos veremos tomado pela incessante sensação de tristeza, vazio e angustia. Mas são muitos os motivos que desassossegam nossa alma: A falta de paz interior, Dúvidas, O Medo, Problemas sentimentais, O vazio interior.
    Mas nós vamos falar de cada um deles post a post.

    Eu prometi que não ia escrever mais nada quilométrico lembram?
    beijinhos, e sigam-me os bons!

    Tudo o que vicia começa com "c"

    Esse post eu faço questão de publicar devido a tentativa de fazer a gente pensar. Desconheço o autor, mas está bem escrito, rapido e divertido. Obgada amiga Fernandinha, por te-lo enviado. Pra vc meu carinho de urso! rs


    Que viagem desse cara!!!
    E não é que ele tem razão???

     Há momentos na vida de um ser humano em que ele se vê sem nada realmente interessante pra fazer.
    Assim, sem companhia, computador ou iPod e com celular fora de serviço, numa viagem de ônibus para Cruz Alta, fui obrigado a me divertir com os meus próprios pensamentos.
    Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
    Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!
    De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.
    Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
    Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também – adivinha – começa com a letra c.
    Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein?
    E o chocolate? Este dispensa comentários. Vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído dacana.
    Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade… cinco.
    Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito.
    Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.

     Agora me conta você qual é o seu vicio porque eu tenho três: cerotonina, cachorro e computador! e não é que todos são com "c"?????
    Affff tá amarrado!!!


    Tempo, um amo implacável!

    Engraçado, tem coisas que seriam engraçadas se não fossem tão...absurdas. Mas por que estou dizendo isso. Muito bem, esta semana uma colega minha me chamou para ir a um bar que ja conheço a uma decáda, mas acabou não dando certo nosso encontro. Ela me disse que ainda bem que não fui pois só tinha barulheira e gente desinteressante. Foi aí que eu tive o clic deste post; Todos acham que o clone humano ainda não existe, sorry, eles existem e estão aos milhões por aí. É incrivel que a uma década as pessoas que frequentam este bar não mudaram, ou pior, a nova geração são clones da mesma. Por isso neste post eu queria falar sobre mudança, mas não mudança somente, mas em progresso. Pois eu tenho varios colegas que mudaram em aparencia, gastam aos tubos nos salões e nos consultorios plásticos da vida, mas hoje no auge dos sus cincoenta anos são tão imaturos quanto a 10, 20, 30 anos atrás, e pior não gastam nem dinheiro e nem força mental pra ao menos querer mudar. Pouquissimos foram aqueles que progrediram, e pior é que tem gente que estagnou e ainda acha lindo. Estão dando "adeus" com o chapéu alheio e ainda estão achando lindo, não fizeram nada pra dar "adeus" com seu proprio chapéu. E o tempo vai passando...e alguns parasitando a vida. Não consigo imaginar coisa pior do que viver uma vida estagnada, destituída de mudança e de progresso.

    A maioria das pessoas lutam contra as mudanças, especialmente se elas nos afetam pessoalmente. Como o romancista Leon Tolstoy disse: "Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo". Como se ver um organismo independente do mundo? Começo a acreditar que há um tempo físico, medido pelos ponteiros dos relógios, e há um tempo espirito-mental, que serve para aprendermos determinadas coisas, e é este que pode ser relacionado ao progresso pessoal, e que parece ser verdadeiramente longo. É preciso muito estudo e força de vontade pra querer não ser nem de longe um clone desses. Neste sentido, às vezes caminhamos como a mais lenta das tartarugas, se é que nos movemos. O perigo que permeia o não domínio do tempo é que podemos chegar ao final da vida terrena, com uma pergunta: que fiz da minha vida? Onde estão os meus anos? Qual é o meu tesouro?

    Parece que existe uma força dificil de vencer na humanidade, pois quando todos fazem alguma coisa, parece que devemos fazê-lo do mesmo modo. Não vês os finais de semana, as pessoas ficam loucas a semana inteira cobiçando o momento em que a sexta-feira vai chegar pra elas irem pros mesmos lugares, fazerem as mesmas coisas e verem as mesmas pessoas. Como ensina a professora Lucia Helena, o dia dos "lazeres instituídos", e eu diria engessados. Dessa forma, todos se deixam prender pelo tempo, devemos todos nós deixar-nos prender também e sermos seus prisioneiros? O maior contra-senso é que essas pessoas se dizem livre, pois "fazem o que querem, com quem querem a hora que querem". Será?...

    Para que não sejamos cativos do tempo, precisamos começar por desejar sair dessa prisão. Não há pior prisioneiro do que aquele que se sente confortavel dentro da sua prisão.
    Como dizia Cazuza " Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades", eu vejo as pessoas serem infelizes e só reclamarem que as coisas não mudam; Realmente "Tuas ideias não correspondem aos fatos".

    Mudar pode significar o abandono de um padrão familiar e limitador, de um emprego seguro mas não gratificante, de valores em que não se crê mais, de relacionamentos que perderam seu significado. Como Dostoievsky afirmou: "Dar um novo passo e divulgar algo totalmente novo são as coisas que as pessoas mais temem". O grande pulo do gato é  perceber, identificar a crise, não nega-la. E o que é a crise senão a exaustão de um modelo de interação. de um modelo de comunicação, quer seja afetivo, econômico, político ou religioso, em função de um contexto, sempre em mudança?

    Toda crise é um sinal vermelho no transito de nossas vidas. Mas por que ele acende? o que está sinalizando? As pessoas tem sede de vida, pisam somente no acelerador e vão se atropelando sem ao menos querer saber o significado do que acontece com elas e se metem em relacionamentos doentis e frustrados porque não prestam atenção aos sinais em sua vida. Assim são inevitavelmente esmagadas, atropeladas. Nosso transito doentil, reflete perfeitamente como dirigimos nossas vidas e expomos as dos outros: IRRESPONSABILIDADE, CAOS.

    Quem estiver atento a uma boa interpretação do sinal de sua vida, é capaz de compreender seu real significado e conduzir-se na estrada da mesma, porque até pra avançarmos este sinal nos orienta.

    Ler os sinais ajuda a compreender melhor o ambiente, o contexto, o sistema onde vivem as pessoas. Ler de diferentes maneiras: ler pra baixo, pra cima, pros lados. Ler o todo, esforçando-se para não ficar somente na leitura de uma parte e "achar"(odeio essa palavra!) que já entendeu tudo.

    O conhecimento nos permite reconhecer os sinais que regem as diferentes mudanças, permitindo vive-las e assimilá-las melhor. As piores são as mudanças que não queremos fazer porque nos sentimos mais seguros frente ao já conhecido. Isso é terrivel, pois continuamos a saber que temos que fazer mudanças, e não a fazemos, e fazemos o que todo fazem, proporcionando uma falsa segurança, uma segurança somente psicológica, que faz com que nossa valorização da vida mude com relação a temas nos quais é necessário ter critério próprio, exemplo disto - o amor.


    Temos medo de mudar porque é uma decisão que tomamos a sós, conosco mesmo, e nem sempre essas mudanças contarão com a aprovação das demais pessoas, pois nem todos estarão de acordo com as transformações que queremos gerar, nem todos vêem essas transformações como necessárias. É como diz uma de minha mui querida filha espiritual: “As pessoas que se aproveitadoras, serão as primeiras a não concordarem com a sua mudança. Quer saber que te ama, é só mudar pra melhor e verás quem te apóia”. E assim se torna mais difícil, porque essas mudanças supõem perdas: perda de amigos que não compartilham as mesmas idéias, perda de coisas.
    O caos é a materia -prima de toda construção, podemos transformar o caos pelo esforço, pelo trabalho, mas nunca pelo milagre.

    A ironia é que a mudança é inevitável. Todos têm de lidar com a mudança, mais cedo ou mais tarde. Por outro lado, o crescimento é opcional. Você pode optar por crescer ou lutar contra ele, mas saiba de uma coisa: pessoas que não querem crescer nunca alcançarão seu potencial. Faça um teste com você mesmo, e imagine que você tenha morrido e que vai escrever o seu próprio obituário. O que estará escrito? quem foi você? Quantas coisas você teve oportunidade de contar sobre você e seus feitos, ou foi apenas uma vez, ao menos foi significativa? Faça como Alfred Nobel que após ler erroneamente seu obituário estampados nos jornais como o homem que houvera inventado a dinamite; Se deplorou sobre a idéia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas, decidiu mudar a sua e, já doente, dedicou-se a um novo ideal: a busca da paz. Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz. Alfred Nobel leu o seu próprio obituário e mudou e você, vai continuar aí parado(a)?